"Há tantos burros mandando em homens de inteligência,
que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência"
António Aleixo
(Poeta Português)
BANCO DE ROUPA, BRINQUEDOS E MOBÍLIAS
UM PROJECTO PARA TODOS
(desde 2006)
Escuta a voz de quem grita no silêncio;
prende a tua atenção no nada que muitos têm.
Olha em teu redor e estende a tua mão...
e sem ires para muito longe, faz dos outros a tua missão.
A. Rocha
A crise, palavra da moda.
Os ladrões, eternos culpados.
Em pequenos desabafos, não receando retaliações, eis o que sente o povo, que impávido e sereno, mais uma vez, como sempre, vê que lhe vão aos bolsos.
A mesma estratégia em cem anos de república como em tantos de monarquia. Nesta comiam (roubavam) alguns, naquela comem (roubam) muitos.
A nobre ciência que é a politica está empobrecida pela podridão dos que nela se movimentam e asfixiam, hoje como sempre, o país.
Que fazer?
Acredito ingenuamente que isto vai mudar. Sou muito optimista. Vai mudar, porque vão surgir políticos muito sérios, capazes de legislar o óbvio, que se traduz no seguinte:
Ninguém no país, desde que ao serviço da coisa pública, vai auferir mais do que um vencimento; ninguém no país vai ganhar mais do que o presidente da república; ninguém no país irá jamais acumular chorudas reformas depois de 1, 2, 3 meses/anos de trabalho ou só emprego, entre os quais os que nos vêm moralizar; todos os deputados, tantos que eles são, vão trabalhar seriamente, defendendo os interesses de quem os elegeu e não apenas os seus. E como prova de boa vontade, vão ter, finalmente, coragem, como qualquer outro governante, de prescindir de regalias inexplicáveis como cartões de crédito, telemóveis, subsídios absurdos, viagens, carros e condutores, etc. Até, imaginem, vão propor que nenhum cidadão tenha qualquer tipo de imunidade, nem a parlamentar, para que quando se cometerem crimes (como o de nos irem aos bolsos), possam ser julgados como pessoas comuns que são; os partidos vão deixar de proporcionar tachos e de fingir que se interessam pelo povo que desconhecem e vão defender, com garra, a justiça social. Irão perceber, finalmente, que o que ganham é demasiado para o nada que fazem; o senhor Presidente da República dará o exemplo e prescindirá das suas, não sei bem quantas, reformas e no exercício do seu cargo irá contabilizar os anos de serviço, juntando-os aos anteriores e aguardar uma única reforma, na idade própria e/ou com o número de anos de serviço exigidos por lei; os senhores ex-presidentes, não querendo ficar atrás, vão dispensar o carro público, o condutor, o secretário pessoal, por finalmente concluírem que deram muito de si ao nosso país, mas que ganharam por isso; os senhores deputados vão querer ir para o trabalho, peço desculpa, para o emprego, no seu carro, à sua custa e vão almoçar e jantar por conta própria, como todos. Vão, ainda, pedir para que o número de deputados seja reduzido para o mínimo que a constituição permite, porque irão entender e assumir seriamente que não andam lá a fazer nada em benefício do país. Nada que qualquer individuo não seja capaz de fazer, por esticão, em qualquer rua ou beco, com a garantia de que nos custará menos dinheiro; os senhores magistrados também vão optar por serem homens e não deuses, declinando subsídios e demais regalias, direccionando a sua sábia energia de julgar ao serviço da justiça dos homens, que afinal vão ser todos.
Oh, acordei, afinal estava a sonhar, que desilusão.
Resta deixar algumas questões:
Continuaremos com medo de represálias por falar?
Continuaremos com medo da verdade?
Continuaremos a dizer sim a tudo e a todos por interesse?
Continuaremos a dormir?
Continuaremos a ser roubados?
Continuaremos a sustentar energúmenos?
Continuaremos a contar os tostões e a fingir que somos ricos?
Continuaremos, comodamente, analfabetos mesmo transitando de ano?
Continuaremos a receber subsídios para nada fazer?
Continuaremos medíocres, pasmados, a leste?
Continuaremos a sobreviver?
Imagino que algum senhor, político ou não, se ler isto, o que duvido, diga com toda a sua autoridade dada pela imunidade que eu não tenho, que tolo, não sabe o que escreve. Quem julga que é?
Apenas e só mais um cidadão farto de ser roubado, enganado, responsabilizado por senhores pseudo importantes que nunca têm responsabilidade de nada.
António Rocha
Hoje Republica. Hoje e sempre dia do PROFESSOR.
Dia do professor... são todos os dias que nos deixarem sê-lo.
Em todo o caso a esperança não morre, nem sequer é a última a morrer. Somos e seremos sempre pelos nossos alunos, que por sua vez serão os educadores do futuro. Assim, mesmo exercendo menos a docência e mais a indecência burocrática, lá no fundo seremos sempre os precursores da educação das nossas gentes.
Façamos incansavelmente este exercício de alteridade, irmos deixando de ser para que o outro seja em nosso lugar. É o legado que qualquer docente, em qualquer Republica, deve deixar aos seus discentes.
Bom dia do professor, bom dia para almejar boa Republica.
Bom feriado e acima de tudo que se mantenha a boa amizade.
Abraço republicano.
António Rocha
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