Em todo este tempo, desde o primeiro domingo do advento até hoje, fomo-nos confrontando com um percurso gradativo cada vez mais exigente, porque relacionado com o grandioso mistério do amor de Deus pelos homens.
Do advento, tempo de espera e preparação, chegamos ao natal, tempo de reencontro, nascimento e reaproximação do Verbo Encarnado. Final de ano, fim de percurso e reinício de outro. Tempo de acção de graças por um ano vivido e uma vida partilhada. Dom gratuito. Um de Janeiro, eis que tudo recomeça. Coração expectante tentando afugentar a crise de tantas crises e em dia mundial da paz o assumir o compromisso de nos tornarmos instrumentos promotores deste grande desafio, alcançar a harmonia dos povos.
Epifania. Todos vêm adorar o menino, de longe e de perto, humildes e sábios. E vieram do oriente.
Baptismo do Senhor. Terminus de um ciclo festivo e inicio da vida publica de Jesus. Jesus não precisava de ser baptizado, mas ao ser manifesta a Sua glória e abre-nos as portas do céu. Santifica a água que nos irá dar o reconhecimento da filiação divina ao recebermos, também, o baptismo.
O baptismo é nascimento para a vida, para a vida nova cheia do Espírito Santo. Este é portanto um dia de festa, em que todos os cristãos deveriam aproveitar para fazer um exercício introspectivo de reconciliação. Em primeiro lugar consigo próprios e num passo mais arrojado irmos ao encontro da reconciliação com o irmão. Festa, ainda, por termos recebido este dom extraordinário de, pelo baptismo, podermos chamar, cada um de nós, este Deus amor de ABBA = Pai (Paizinho).
Urge, portanto, reflectirmos no nosso baptismo e que importância tem este sacramento de iniciação cristã na nossa vida, que nos deverá levar à participação da missão repleta de amor e doação do próprio Jesus Cristo que veio como servo. “Eis o meu servo”, através do qual Deus quis realizar o Seu plano salvífico.
Perceber a verdadeira dimensão do baptismo leva-nos a aceitar todos os irmãos, crentes ou não crentes. Afinal é este um dos ensinamentos da liturgia – Deus não fez, não faz e jamais fará acepção de pessoas.
Ao celebrarmos o baptismo do Senhor, celebramos, reavivamos e actualizamos o nosso próprio baptismo, a partir do qual passamos a ser um só com Deus, fazendo parte da Sua família e sendo verdadeiramente o Seu povo.
A todos nós, a começar por mim, fica o convite / desafio que o baptismo que nos configura com Jesus Cristo nos leve a amar, a compreender e desculpar as fraquezas uns dos outros, a começar dentro da nossa família, que também é dom divino e vocação humana. E assim, este amor ao próximo irá tornar-se num verdadeiro espírito de serviço e doação, à imagem daquele que veio para servir e não para ser servido.
A continuação de um óptimo domingo, festa do baptismo do Senhor, de todos os baptismos e baptizados.
Diác. António Rocha
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